terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Ando a prevaricar... não tenho comido doces, nem em demasia. Mas não tenho feito refeições à mesa. Também me tenho deitado e levantado mais tarde do que devo. Para não me importar demasiado com estes factos e não deitar tudo a perder, vou pensando que ainda estou na época de festas, que não me tenho portado assim tão mal, etc. A chatice é que as únicas regras que me tinha imposto estão a falhar...

Hoje dou jantar cá em casa: carne estufada com batatas e salada. E vou beber vinho (calorias!). Amanhã jantar de fim de ano em casa de uma amiga. Espero conseguir controlar-me um bocado. A partir do dia 1 talvez seja mais fácil regressar ao meu esquema.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Hoje sinto menos calma interior.
Estas saídas com o meu amigo andam a desestabilizar-me. É um antigo namorado com quem voltei a sair de há 3 meses para cá, mas numa base de amizade. Tenho muito receio de me desequilibrar emocionalmente e perder o controlo na alimentação.

Ontem não me apeteceu jantar. Estava farta de mesa. Comi nozes, uma banana e duas lichias. Como me deitei muito tarde, porque me "perdi" na Web, comi ainda meia sandes de fiambre fumado.

Não quero voltar a adquirir o hábito de deitar tarde, mas hoje vai acontecer outra vez: quero ver a série Equador e o programa seguinte, o concurso das crianças. Achei-o delicioso, a semana passada.

Hoje fui almoçar com o meu amigo, mais uma vez. Comi um bife que veio cheio de molho. Esparregado à parte, pois não quis as batatas fritas. Escorri sempre os bocaditos de bife, mas não resisti a molhar 3 ou 4 bocadinhos de pão no molho. Um copo de vinho e dois cafés.
Passadas duas horas: umas 5 ou 6 nozes e duas lichias.

Não tenho comida feita, estou cansada, não me apetece cozinhar e não sei o que vou jantar.

Tenho de me reorganizar. Mais dois dias assim, com pequenas fugas às regras, e perco o controlo.
A minha experiência diz-me que posso fazer grandes disparates num dia. Mas se os repito no dia seguinte, mecanismos psicológicos desconhecidos entram em acção e é o fim da picada - entro outra vez numa de yôyô.

Voltei a vestir hoje as calças de ganga. Que bom :-)

sábado, 27 de dezembro de 2008

Ontem, sexta –feira, dei um jantar cá em casa. Bifes grelhados, arroz e tomate. Para sobremesa: fruta. Foi o que comi. Também tinha sonhos e outras gulodices natalícias em que não toquei. Em contrapartida bebi imenso vinho ao longo da noite, pois ficámos à mesa até às 2 e meia da manhã. E comi umas 10 ou 15 nozes.

Hoje fui almoçar fora. Um restaurante de comida tipicamente portuguesa. Meia rodela de farinheira frita. Um pequeno naco de carne, grelos cozidos, 4 batatas fritas e meio copo de vinho. À sobremesa 3 ou 4 garfadas de siricaia com mel. Água e 2 cafés. Tudo sem esforço, a não ser a recusa à farinheira frita, pois adoro, adoro farinheira. Mesmo assim o sacrifício não foi grande, pois ainda estou cheia do vinho de ontem. Que exagero, bolas!

Bebo sempre água às refeições, sempre foi meu hábito. Mas quando como fora ou recebo pessoas em casa, gosto de beber vinho e quando a noite se arrasta exagero um bocado, embora não faça figuras tristes eheheh. O vinho não é um problema. O meu problema é a comida.

Lembrei-me agora que também comi meia fatia dourada, ontem à noite. Já me tinha esquecido. É bom apontar sempre o que se come. Se a balança for ingrata, pelo menos sabemos, entendemos a razão. Não apontando, esquecêmo-nos dos disparates feitos e ficamos muito desiludidos por o peso não ir para baixo, apesar de nos estarmos a “portar bem” há tanto tempo!
Engraçado, o facto que ter escrito as últimas frases no plural. Quer dizer que ainda me estou a convencer a mim própria, que ainda não tenho esta regra completamente interiorizada.

Em Agosto passado resolvi não comprar calças novas enquanto não emagrecer. Recusei-me a comprar um número maior. Desde Agosto (5 meses!) que visto apenas 2 pares de calças pretas. Enquanto uso um, lavo o outro.
Preparava-me, hoje à hora do almoço, para vestir as calças a uso (as outras estão a secar), quando percebi que estavam tremendamente sujas de cera de vela. O meu amigo estava a chegar para irmos almoçar e eu sem roupa! Fiquei desesperada! Tinha de declinar o convite! Fui ao armário olhar para as dezenas de calças que lá estão: tenho montanhas delas, pois o facto de ser yôyô obriga-me a ter vários pares de números diferentes. Blusas, camisas, casacos vestem-se com uns kilos a mais ou a menos, calças não. Descobri umas de ganga que não me serviam nas férias. Pensei: ok, visto estas e aplico um alfinete de dama na cintura para criar mais espaço. Qual não foi o meu espanto quando as vesti e as consegui apertar. Magoavam só um niquinho, não precisei do alfinete! Dois kilos a menos e já tenho calças de ganga! Boa!

Hoje sinto-me bem. Mas nunca sei como será o dia de amanhã. Conseguirei continuar a controlar-me? Às vezes parece ser tão fácil, porque é que doutras é incrivelmente difícil ou mesmo impossível?
Não gosto do que acabei de escrever. Reli e retirou-me o alento.
Reescrevo:
Hoje sinto-me bem. Mas nunca sei como será o dia de amanhã. Vou pensar só no dia de hoje. Amanhã logo se verá.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Acabei de me pesar numa balança electrónica: 94 Kg e 100g.
São 13:30 do dia 26 de Dezembro de 2008.
Não sei se fique triste ou contente: ontem pesava 93.
Fiz um esforço tremendo nas Festas de Natal.
Dia 24 - não comi entradas. Apenas sopa, bacalhau, batatas cozidas, couves e 1 ovo. Dois copos de vinho. À sobremesa (demorada) - meia fatia dourada, 1 fatia de bolo rei, metade de um sonho, um copo de champanhe.
Dia 25 ao almoço, outro esforço - outra vez bacalhau (roupa velha), 2 copos de vinho e uma fatia dourada.
Nada de chocolates, queijos e bolinhos.
Historial
Sou completamente desregrada. Engordo 10 kg com a maior das facilidades, enquanto o diabo esfrega um olho. Não tenho horas para comer, nem para dormir. Se for preciso durmo 6, 7 ou 5 horas durante a semana e 12 ao fim de semana. Adoro ver TV, à noite (e comer bolachinhas ou chocolatinhos).
Em Julho passado percebi que pesava 96kg. O meu pico eram os 89. Antes de chegar aos 90, fazia sempre marcha atrás e voltava aos 82/80. Desta vez, sem perceber como, estava com 96 e sem força para dietas. Percebi, assustada, que dentro de um ou 2 meses estaria com 100. Nunca pensei ser possível chegar aos 100. Tenho 1,62.
Dia 1 de Agosto fui a uma nutricionista e disse-lhe que precisava de ajuda. Disse-lhe que não estava ali para emagrecer imediatamente, disse-lhe que queria não só mudar os meus hábitos alimentares, como hábitos que levam à engorda.
No mesmo dia fui a uma psicóloga e disse-lhe que precisava de ajuda, disse-lhe que precisava de perceber porque tinha fomes compulsivas.
Meta para Agosto: fazer 6 refeições por dia (fosse o que fosse) e apontar num caderninho tudo o que ingerisse. Comer sempre sentada. Levantar-me sempre à mesma hora.
Cumpri 15 dias e acredite-se ou não ao fim dessas 2 semanas estava tão cansada de cumprir que deixei de ligar às regras, excepto à regra da hora de levantar.

Voltei a apontar o que comia, no caderninho, dia 23 de Setembro. Isto, porque dia 24 voltava a ter a consulta na nutricionista (lol). Para meu espanto o peso estava exactamente igual ao de dia 1 de Agosto. Um mês e meio e o mesmo peso! Fiquei feliz!
Estamos em finais de Dezembro. Passaram 5 meses. Continuo obesa, mas não ultrapassei os 96 e até tenho menos 2 kilos. Não é nada, mas é muito. Peso estabilizado durante 5 meses.
Voltei a apontar o que como no caderninho (com muitas falhas, às vezes não escrevo durante 15 dias). Tento fazer as 6 refeições sem exagerar no que como, mas sem fazer dieta. Continuo a levantar-me à mesma hora (falhei algumas vezes, mas poucas). À noite, quando estou em frente à televisão e me apetece comer, como nozes, mas tenho de partir a casca. Engorda, eu sei. Mas cada vez estou a comer menos e sempre é melhor que bolachas ou chocolatinhos.
Quando começar a fazer dieta a minha meta serão os 75. Já nem sei como EU seria com 70, talvez não fosse eu e outra qualquer. Este pensamento é assustador. Acho que quer dizer que algo problemático se passa comigo. E não sei o que é. Porque me é desconfortável pensar em mim com 70? Ou melhor... nem me consigo imaginar com 70kg. Será que não mereço? Meu deus, será que tenho problemas do foro psicológico? Tenho de falar sobre isto na próxima consulta.